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domingo, 20 de janeiro de 2013

Dormir sozinho ou com os pais?



Os hábitos de sono, são, para muitas de nós, no sentido lato do tema, uma chatice!
Impus a mim mesma que o faria da melhor forma com o A., de maneira a que ele ficasse autónomo neste campo. Mas o que se impõe a nós mesmas é muitas vezes contrário ao que depois se coloca em prática …
Aos 3 anos mudei o A. de quarto (pois desde que vendemos o nosso apartamento e ficamos na casa dos meus pais não houve essa possibilidade). Correu tranquilamente, e até aí não houve problemas.
Habituei-o a adormecer sozinho, pelo menos até uma dada altura.
Mas depois eles crescem, ficam mais giros, e as saudades parecem que crescem cada vez mais. Quando começam as palavras e as graças, todos os minutos são poucos, e ficamos sequiosos de um segundo que seja.
Durante um qualquer período desses, comecei a preferir deitar-me com ele na minha cama... considerava para mim, aquele o meu momento do dia, o meu momento mágico; tocava-lhe, sentia o cheiro dele, dava-lhe beijinhos suaves…. inevitavelmente, na maior parte das vezes adormecia com ele.
E foi então que achei por bem, mudar a estratégia. Adormeço-a sim, mas no sofá! Ora bem, ao fim do dia, deitava-me no sofá, enroscada nele, e mais uma vez, o toque, os mimos, os beijos… Quando chegava a hora e ele ainda não dormia, levava-o para a nossa cama, e depois quando adormecia, regressava à caminha dele pelo nosso colo.
Havia momentos em que a meio da noite ele acordava a pedir para ir para a nossa cama.
 Erro crucial: ía!!!
O que eu tomava por algo tranquilo e normal, teve as suas consequências. O A. habituou-se a dormir com a mãe, e somente com a mãe. Habituou-se ao calor, aos beijos e aos mimos. Hoje, na sua idade presente não adormece – mesmo – sozinho. Não negligencio o mimo, nem os beijos, mas essa dependência, é a meu ver, prejudicial em várias latentes. Além de que, extremamente cansativa para os pais.
Por vezes, quando o levávamos para a nossa cama, adormecíamos e ele acabava por ficar connosco a noite toda. Se sabe bem? Sabe. Sabe melhor que qualquer coisa! Mas se é mau? Não diria mau, diria antes que é “menos bom”…
Nem eu nem o pai dormimos bem. Ele mexe-se imenso, destapa-se de noite, atravessa-se na cama. Já para não falar na questão da privacidade do casal, a qual é afectada, e em muito.
Por isso, é apenas, “menos bom”.
Neste momento, estamos em fase de terapia. O A. deita-se na cama dele, e eu, não me deito. Permaneço sentada ao pé dele até ele adormecer e tem resultado.
Se acorda a meio da noite a pedir a nossa cama (coisa que melhorou muito desde que saiu da cama de grades), eu não o levo, e fico só sentada de novo ao pé dele, à espera que adormeça de novo e tem resultado.
Esta terapia é exaustiva. Pelo menos para mim. Porque me apetece muito mais dormir colada a ele e ali ficar, do que permanecer sentada a tombar de sono, à hora de dormir, ou a meio da noite.
Contudo, tomada nota mental -> segundo filho -> adormecer sozinho.
Como tal, recomendo honestamente a todas as recém-mamãs a criarem independência aos bebés na hora de dormir. Eu fi-lo durante uns meses, e asseguro que é muito positivo, e a longo prazo, compensa.
Colocar sempre a mesma melodia, ou ter um boneco característico para dormir, incentiva-os. Os meus primeiros tempos determinam os hábitos por meio de rotinas, e como tal, se houver um objecto ou um som que lembre a dita rotina, facilita, e muito.

Não abdico de nenhum momento com o A. Todos me parecem poucos. Mas é importante nos lembrarmos dos nossos momentos, dos momentos do casal.
A rotina do sono de que vos falo, interfere com isso. Se a criança adormecer sozinha, o tempo fica para nós. Se dormir tranquilamente na cama dela, o espaço é para o casal.
E consequentemente, pais saudáveis, filhos saudáveis!


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