Pode acontecer o anjinho mude inesperadamente: antes ele ouvia-a e obedecia, e agora não a ouve e responde sempre "não".
Em torno aos 18 meses a criança começa a perceber que é um ser individual e já não aceita a total dependência e a relação exclusiva com a mãe. É o primeiro passo para a conquista da independência e da autonomia que inicialmente se manifesta de uma maneira bastante violenta: o pequeno reage às recusas com raiva e crises, atira-se ao chão, grita e agride os pais. Estas manifestações não devem ser interpretadas como caprichos, mas como o primeiro verdadeiro confronto com as suas figuras de referência.
É necessária muita calma, bom senso e muito sangue frio. Os astutos diabinhos asseguram-se de que põem em acção as suas manobras, prevalentemente em público, quando sabem que é mais difícil para os pais manter a calma. É preciso, manterem-se tranquilos e não cederem à chantagem.
Colocar limites é uma forma de os ajudar a crescer mais fortes e seguros: fazê-los aceitar o "não" é importante: habituamo-los assim a resolver os problemas de forma construtiva. A criança aprende a conhecer e a enfrentar a realidade.
Eis alguns conselhos para enfrentar a "tempestade":
- evitar situações de confronto: renuncie a atitudes demasiado rígidas que estimulam a oposição e o desafio. Por vezes, pode-se evitar a rigidez propondo à criança alternativas e oferecendo-lhe a oportunidade de escolher, para a fazer sentir envolvida nas decisões;
- é importante agir com coerência: uma vez estabelecida uma regra é preciso fazê-la respeitar. As crianças precisam de certezas e os pais devem ser credíveis e fiáveis;
- mamã e papá devem estar em perfeita sintonia. Se não estão de acordo com uma posição a tomar, discutam-na longe da criança;
- usar o bom senso: as proibições devem ser poucas e compreensíveis para serem respeitadas.
Responsável pelos conteúdos médico-científico: Dr. Claudio Ivan Brambilla.
Texto redigido com a colaboração do Dr. Massimo Menchini.
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