Podemos brincar com as maquiavélicas estratégias para atrair a atenção, mas é errado pensar que a criança queira estar ao colo apenas por puro capricho.
Quando já pensava que a sua criança tivesse superado a necessidade de a ter sempre ao lado e fosse capaz de estar sozinha, sem pedir muita atenção, de repente parece ter necessidade em ser continuamente tranquilizada. Em geral, isto acontece por volta dos dois anos e o pequeno inventa de tudo para obter aquilo que quer, ou seja, ser pegado ao colo.
Na verdade, os seus pedidos têm frequentemente um fundamento e não é mais nada que uma forma especial de pedir ajuda: no fundo que outra coisa no mundo é mais tranquilizante que um abraço e a ternura da mamã? Rejeitar esta exigência não é sempre correcto: deve avaliar de cada vez se alguma coisa aconteceu, mesmo um episódio pouco aparatoso que lhe possa parecer banal, pode ter provocado um sentido de insegurança e uma desestabilização de competências adquiridas. Ou então, se é uma fase importante para a criança, como o início do infantário ou o nascimento de um irmãozinho ou irmãzinha.
São diferentes os casos em que os comportamentos da criança não têm nenhuma justificação. É então que o bem senso deve intervir para por um travão a pedidos verdadeiramente injustificados. A conquista da autonomia pode e deve comportar alguns momentos de crise: com toda a sua ajuda e a do pai, será a própria criança a aprender a usar as estratégias que lhe consentirão enfrentar e superar estes momentos.
Cedendo sempre aos seus caprichos, substituindo-o quando deve enfrentar as dificuldades, não só não ajudará no seu processo de crescimento mas contribuirão ao crescimento de uma filho com uma personalidade demasiado dependente dos adultos.
Responsável pelos conteúdos médico-científico: Dr. Claudio Ivan Brambilla
Texto redigido com a colaboração do Dr. Massimo Menchini.
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