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sexta-feira, 1 de maio de 2009

ABC do Parto

O parto é, para muitas grávidas, um mundo desconhecido.
Dilatação? Contracções? Cesariana? Dor?...
Às dúvidas soma-se, muitas vezes, o medo. Aqui vai encontrar algumas respostas.

Amniotomia
Nome que se dá à ruptura artificial das membranas. É um dos métodos mais comuns de indução do parto, utilizado também quando se pretende acelerar o nascimento.
Geralmente, a amniotomia é efectuada no decurso de um exame vaginal e não é suposto que doa. O médico insere um instrumento de plástico com a ponta em forma de agulha de croché através do colo do útero e rompe delicadamente a bolsa membranosa, deixando sair o líquido amniótico.
É frequente os obstetras recorrerem a esta técnica, mas a Organização Mundial de Saúde defende que não existem dados científicos que justifiquem o rompimento artificial das membranas num estádio precoce do parto. Assim sendo, a amniotomia só deverá ser realizada em casos excepcionais e sempre com base em motivos clínicos.

Bebés grandes
Há algumas doenças que podem contribuir para o aumento do peso do bebé (dez por cento dos bebés com idade gestacional de termo têm mais de quatro quilos). A mais comum é a diabetes.
Mas muitos bebés com dimensões maiores do que as normais não têm qualquer problema, nem são filhos de mães diabéticas. Muitas mulheres preocupam-se com a possibilidade de não conseguirem dar à luz um bebé grande.
Isso poderá ser verdade em alguns casos, mas não o é, seguramente, em todos. A classificação de «bebé grande» não é uma indicação absoluta nem para cesariana, nem para indução de trabalho de parto. Não é, igualmente, motivo soberano para se efectuar uma episiotomia (corte no períneo). O mais importante é a avaliação individual de cada caso.

Cesariana
Quando, por algum motivo, o bebé não consegue ou não deve nascer por via vaginal, a opção recai sobre o nascimento cirúrgico, a cesariana. A operação pode ser realizada com anestesia geral ou epidural, sendo que esta última reúne cada vez mais as preferências de médicos e grávidas.
Há indicações absolutas para realizar uma cesariana, como os casos de placenta prévia (quando a placenta cobre parcial ou completamente o orifício interno do colo uterino), mas a intervenção não deve ser vista como uma panaceia. A cesariana só deve ser efectuada em casos de verdadeira necessidade.
Os riscos associados a esta forma de nascer (é preciso não esquecer que se trata de uma cirurgia!) são substancialmente mais preocupantes do que os riscos do parto normal: maior probabilidade de surgirem infecções e hemorragias maternas e maior risco de lesão fetal, só para nomear alguns.
Muitas cesarianas são efectuadas no decurso de induções de parto falhadas. A intervenção é feita numa altura em que o colo do útero ainda não está favorável e o trabalho de parto não evolui. A ida para a sala de operações torna-se inevitável.

Contracções
As contracções são o «motor» do parto, a força que empurra o feto para o exterior. São, por isso, aliadas essenciais no momento de fazer nascer o bebé. Não ter medo delas é fundamental. Inicialmente, as contracções são dores semelhantes às cólicas menstruais.
Começam nas costas e estendem-se em direcção à barriga. Ocorrem no momento em que o útero está a contrair e a relaxar consecutivamente, mecanismo que ajuda a empurrar o bebé para o canal de parto.
Na maioria dos casos, o trabalho de parto começa suavemente, com contracções pouco fortes, que ocorrem em intervalos de 15 a 20 minutos e duram entre 30 a 45 segundos. Depois ficam cada vez mais frequentes, mais prolongadas e mais dolorosas, conforme o trabalho de parto avança.
Na fase activa do trabalho de parto, as contracções ocorrem a cada 3 a 5 minutos e duram, normalmente, 45 a 60 segundos.

Dilatação
Durante o trabalho de parto, o colo do útero vai dilatando, abrindo espaço à passagem do bebé. Essa abertura é expressa em centímetros e avaliada através de um toque vaginal feito pelo médico ou pela parteira. Diz-se que a dilatação está completa quando atinge os 10 centímetros. Normalmente, pouco tempo depois o bebé nasce. Por vezes, pode ocorrer uma paragem da dilatação.
Quando a situação persiste, apesar de a grávida estar a sentir contracções, pode ser necessário intervir (o trabalho de parto estacionário é uma das principais causas de cesariana).
Contudo, a questão deve ser equacionada antes: para que a dilatação progrida normalmente, a mulher em trabalho de parto não deve ser perturbada e o ambiente que a rodeia deve ser de calma e serenidade.

Doula
Doula é uma palavra grega que foi usada pela primeira vez no contexto do parto por dois investigadores americanos, nos anos 70.
Klaus e Kennel verificaram, em maternidades da Guatemala, que a presença de uma acompanhante durante o parto permitia reduzir consideravelmente as intervenções médicas. Como não havia uma palavra inglesa para designar estas acompanhantes, optou-se pelo termo grego doula que significa «mulher que serve».
Os estudos de Kalus e Kennel deram o mote para que um grande movimento tivesse início nos EUA e, rapidamente, se espalhasse por muitos outros países. Actualmente, a maior parte dos partos no Reino Unido ocorre com o apoio de uma doula.
As doulas acompanham a gravidez, o parto e o período pós-nascimento. A sua mais-valia reside essencialmente no suporte emocional que prestam. Defendem o respeito pelas decisões da mulher, depois de informada de todos os riscos e benefícios das várias formas de encarar o nascimento.
Procure mais informações em http://doulasdeportugal.blogspot.com ou em www.bionascimento.com.

Episiotomia
Incisão no períneo (área muscular compreendida entre a vagina e o ânus) e na parede vaginal, que tem por objectivo abreviar o parto. Em Portugal, são poucas as grávidas que escapam a esta experiência, mas o tema é controverso.
A Organização Mundial de Saúde contesta o uso rotineiro desta técnica, considerando a forma como a episiotomia é, actualmente, praticada uma «conduta frequentemente utilizada de modo inadequado».
Também a Sociedade Americana de Obstetrícia desaconselha o recurso sistemático à «episio». Estudos publicados ao longo das últimas duas décadas concluíram não haver razões científicas para continuar a executar, indiscriminadamente, a incisão no períneo durante o parto.
O procedimento deverá ser efectuado apenas em caso de estrita necessidade.

Epidural
Técnica anestésica que elimina as dores do parto sem afectar a mobilidade da grávida. O segredo reside em aplicar uma substância anestésica onde ela é realmente necessária: nas raízes nervosas a nível da coluna, responsáveis pela sensibilidade no abdómen.
A epidural bloqueia a maior parte das sensações dolorosas nesta zona. O anestesista introduz uma pequena agulha na parte inferior das costas, entre os ossos das vértebras inferiores. Um tubo muito pequeno é passado através da agulha. Esta é depois removida, deixando o tubo no seu lugar.
Os medicamentos que eliminam a dor são administrados através desse tubo. Mas a epidural não deve ser vista como um milagre sem contra-indicações. É uma técnica invasiva e como tal tem riscos. Algumas mulheres queixam-se de fortes dores de cabeça após o parto.
Tem também o grande contra de poder tornar mais difícil o período expulsivo (por estar anestesiada e relaxada, a mulher não sabe quando fazer força), aumentando a probabilidade de recurso ao fórceps para ajudar o bebé a nascer.

Expulsão
Segundo estádio do trabalho de parto. Começa na dilatação completa e termina com a expulsão do feto. Normalmente dura até 45 a 60 minutos, quando se trata do primeiro parto, e até 15 a 20 minutos quando já não é o primeiro bebé.
As contracções tornam-se mais intensas e prolongadas e a mulher sente uma grande vontade de fazer força.
S&R

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