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sexta-feira, 1 de maio de 2009

Nove meses de conquistas

Conhecer as principais etapas da gravidez é um trunfo muito útil para lutar contra a ansiedade e as dúvidas que assaltam todas as futuras mães.

A gravidez é, por definição, o intervalo que decorre entre a fecundação e o nascimento do bebé, altura em que a mulher sofre um conjunto altamente significativo de mudanças físicas e emocionais, muitas das quais remetidas quase à condição de «mistério», especialmente nos casos de um primeiro filho.
Uma boa estratégia para dissipar medos e esclarecer questões é saber o que está a mudar, à medida que as semanas de gestação vão decorrendo.
No período em que muitas mulheres ainda nem sequer desconfiam de que se encontram grávidas, já uma verdadeira «revolução» está a desenvolver-se dentro delas.
Desde o momento da fecundação até ao nascimento, ocorrem uma série de acontecimentos que irão definir não só o sexo do feto, como também todos os restantes órgãos e sua maturação. A definição da cor dos olhos, dos membros, do coração e até mesmo das impressões digitais vão-se desenvolvendo, sem que a mãe tenha a percepção do momento em que tudo isto ocorre.
O tempo vai passando e cada etapa é uma nova descoberta.

E quantas vezes a grávida se questiona sobre o que está a acontecer com o seu bebé nessa semana. Perguntas como: «Será que já se mexe?» ou «Será que nesta fase seria já capaz de sobreviver se nascesse?», ecoam no espírito da mulher.
A vivência saudável deste período reveste-se de uma extraordinária importância para o bom desenvolvimento do feto e para a construção de uma nova etapa da vida do casal. É neste sentido que se torna útil o conhecimento das principais etapas da gravidez.
Novas técnicas diagnósticas, como a ecografia a três e quatro dimensões, são ferramentas importantes neste processo já que permitem, tanto aos profissionais como aos pais, ver claramente o desenvolvimento global do embrião e do feto.

Do embrião ao feto
O feto humano de termo, isto é completamente desenvolvido, nasce com cerca de 280 dias ou 40 semanas de idade gestacional, podendo a gravidez oscilar entre as 37 e as 42 semanas.
A idade gestacional é calculada a partir do primeiro dia do último período menstrual da mulher, embora não haja quaisquer dúvidas que o momento da concepção só ocorre cerca de duas semanas depois desse dia, altura em que se dá a ovulação e fecundação.
Durante as primeiras 8 semanas ou 56 dias após a concepção, ou seja, até às 10 semanas de idade gestacional, é costume utilizar-se o termo «embrião». Na verdade, nas duas primeiras semanas após a fecundação, período também conhecido como pré-embrionário, ocorrem uma série de mecanismos que resultam na divisão e implantação do ovo no útero.
Durante esta fase, o útero vai sofrendo várias modificações, em função de alterações hormonais, que o preparam para o posterior desenvolvimento do embrião. No final desta segunda semana ou no início da terceira começam a desenvolver-se as estruturas percursoras das membranas fetais e da placenta e inicia-se uma circulação útero-placentária primitiva.
É o momento em que se inicia o período embrionário propriamente dito e a mulher reconhece a falta da menstruação, podendo assim suspeitar de que se encontra grávida. Nesta fase os testes diagnósticos de gravidez são também já positivos.
É durante o período embrionário que ocorre a organogénese, ou seja, a formação de todos os órgãos e sistemas do corpo, a que corresponde uma fase de intensa proliferação celular. É nesta altura que se diferenciam mais de 200 tipos de células, responsáveis pelas várias funções orgânicas do adulto. Esta é também a altura de maior vulnerabilidade do feto aos agentes teratogénicos, ou seja, às substâncias químicas ou aos meios físicos e biológicos capazes de causar malformações. Durante esta fase ocorre também a grande maioria de abortos espontâneos, muitos dos quais reflectem, provavelmente, uma forma do organismo se defender de malformações graves do feto que possam ter ocorrido. O final do período embrionário e o início do período fetal é apontado por volta das 10 semanas de idade gestacional. É durante esta altura que se dá a maturação e crescimento adicional dos orgãos, para que estes se encontrem em plenas condições de funcionamento na altura do nascimento.
De forma simplificada, é durante esta fase que o feto adquire a capacidade de sobreviver independentemente da mãe, isto é, fora do útero materno.

Os Trimestres
A gravidez encontra-se dividida em trimestres, com cerca de 13 semanas cada um e caracterizados por marcas obstétricas importantes. Por exemplo, a ocorrência de abortos espontâneos ocorre sobretudo no 1º trimestre, ao passo que a capacidade de sobrevivência do recém-nascido aumenta significativamente quando a gravidez alcança o 3º trimestre.

O 1º trimestre inclui a fase pré-embrionária, todo o período embrionário e parte do período fetal. A fase pré-embrionária corresponde às duas primeiras semanas após a ovulação. Inclui a fecundação, isto é, a fusão do espermatozóide com o ovócito, que culmina com a formação ovo ou zigoto.
Esta ocorre ao nível da trompa de falópio onde ocorrem ainda as primeiras divisões celulares. Ao fim de 2 a 6 dias de idade, e após uma série de divisões, o agora chamado bastocisto implanta-se na parede do útero. Com o início do período embrionário, por volta da 4ª ou 5ª semanas de idade gestacional, inicia-se a formação da placa embrionária, ou seja, o primórdio do embrião.
Nessa altura o desenvolvimento do embrião está dependente dos nutrientes que lhe fornece a vesícula vitelina, que corresponde a um pequeno saco ligado ao primórdio do cordão umbilical e que posteriormente irá regredir para ser substituída pela placenta. A futura «bolsa de águas» mede apenas cerca de um centímetro.

Por volta da 5ª semana, o embrião estica-se para formar um longo tubo. É nesta altura que se começa a formar o sistema nervoso, com a formação da cabeça e encerramento do tubo neural. É por este motivo que qualquer mulher que pretenda engravidar ou assim que saiba que está grávida, deve iniciar a toma de ácido fólico, já que esta vitamina parece reduzir a incidência de doenças relacionadas com o encerramento do tubo neural.
É também neste momento que se forma um coração rudimentar, constituído apenas por duas cavidades, ocorrendo então os primeiros batimentos cardíacos.

À 6ª semana inicia-se a formação de pequenas elevações, que serão os futuros membros e dois pontos negros na cabeça: os futuros olhos. No final da 8ª semana o embrião mede cerca de dois centímetros e cabe inteiro dentro de uma noz. Nesta altura a cabeça é enorme, quando comparada com o resto do corpo.

Entre a 8ª e a 10ª semana de gravidez, a formação dos primórdios de todos os orgãos já está concluída. Olhos, orelhas, nariz e boca podem ser identificados e o coração é já constituído por quatro cavidades bem definidas. A partir das 10 semanas de idade gestacional, entra-se no período fetal.
É por volta desta altura que a vesícula vitelina regride e a placenta assume a responsabilidade de promover a nutrição e desenvolvimento do feto. Será ela também a responsável pela filtração de possíveis subtâncias nocivas que se encontrem na circulação sanguínea da mãe. Quando a gravidez atinge as 12 ou 13 semanas o feto mede cerca de sete centímetros.
A pele e as unhas já se desenvolveram e surgem cabelos rudimentares. O sexo começa a mostrar sinais definitivos e é também nesta altura que o feto inicia movimentos espontâneos, embora ainda passem despercebidos pela mãe. Estes movimentos parecem ter importância para o crescimento posterior dos músculos e desenvolvimento das articulações. Apesar de toda esta evolução, o feto tem ainda um longo caminho a percorrer até se tornar viável, isto é, até ser possível a sua sobrevivência caso nasça antes de tempo.

S&R

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